
O número de público foi modesto no início e Magalhães troca umas palavras e brinca com todos em dizer que como não era lá um bom vocalista preferiu permanecer mesmo na guitarra. Aliás, competentíssimo é o músico e sua banda que fizeram lembrar acordes característicos de Satriani.
Ainda durante a apresentação uma surpresa para quem estava na arquibancada à esquerda do palco. Mesmo no escuro a careca de Michael Stipe é inconfundível que foi dar uma espiadinha no palco e trocar umas palavras com o engenheiro de som.
A apresentação termina à la Beatles. Foi a clássica Twist And Shout. Poucos minutos depois a pista da arena enche e as luzes apagam. Ao centro do palco Stipe aparecendo sem aviso, acompanhado de Mike Mills e Peter Buck num jogo de luzes incessante abrindo com Living Well Is The Best Revenge.
Ah, o set list! Mesmo aqueles que não conheciam o repertório puderam ficar tranqüilos já que houve os hits que com certeza todos já ouviram, como What’s The Frequency, Kenneth?, Drive, Ignoreland, Imitation Of Life e The One I Love. O público entra em sintonia, grita, canta refrões, sua e até mesmo chora. Os highlights do show foram ver Michael com seus trejeitos típicos, as danças desengonçadas, e claro, ouvir o público acompanhar o refrão das canções.
Um ponto fortíssimo a favor do R.E.M. foram as imagens no telão. Um câmera man transitava a frente do palco lançando tudo gravado imediatamente ao telão, mais os efeitos de vídeo, imagens dos clipes e figuras bidimensionais como de games oitentistas. Some esses efeitos a presença de palco do grupo e o resultado foi um show de deixar fãs satisfeitos. Mas a galera foi mesmo ao delírio com a icônica It’s The End Of The World As We Know It e em uníssono cantam o refrão.
Partituras foram jogadas ao alto, a gaita arremessada a quem pudesse pegar, sentimento colocado em cada palavra e olhar altivo do vocalista, ou mesmo com a mão no peito e olhos fechados quando pula e vai ao chão como num único movimento. Stipe e Mills descem do palco e fazem a alegria de alguns com um simples toque de mão. O contato cara a cara foi feito pelo lead man da banda que teve um leve tapinha na careca de um fã, e o baixista cumprimentava todos da primeira fileira da pista vip. Contudo, aqueles que apreciavam o show ao lado esquerdo, nas arquibancadas, não tiveram o mesmo gosto como os demais a quem Michael Stipe a todo o tempo acenava e talvez se dando conta disso que Mills foi ate lá dar um alô.
Agradecimentos e conscientização político-ideológica também não ficaram de fora entre uma canção e outra. Os pagantes gritavam “Obama, Obama!”. Não demorou muito e um rápido comentário sobre o atual presidente Norte-Americano, Barack Obama, e imagens dele ao telão. Discursou brevemente da importância que ele trará e da quebra de paradigmas, afinal é um homem negro agora no comando do mais poderoso país do mundo.

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